Autoconhecimento – Uma Jornada Individual

Não aceita Ctrl C, nem Ctrl V

Nesse filme da vida, onde o roteiro é solitário e os passos muitas vezes pisam em bases incertas,
cada um deve criar e se conduzir nessa jornada.

Se fosse fácil, já seríamos todos mais felizes:
assumir, aceitar sua própria natureza,
entender seu papel no mundo.

São tantas religiões — cada uma buscando seu caminho,
ainda que muitas se restrinjam em seus próprios limites.
Olho de fora e vejo como possuem vasto e rico material para quem, como eu,
é religioso, mas não segue uma religião.

Escolhi a liberdade de atuar e estar em vários templos, igrejas, centros,
contanto que seja pelo amor e para o bem de todos.
Gosto e ouço pontos de umbanda, mantras indianos, acendo velas,
reproduzo salmos e orações.
Vou na católica, vou ao terreiro, vou ao centro espírita, vou à presbiteriana.

No caminho para o trabalho, passo em frente a uma praça onde há uma Igreja Católica e,
passando de carro ali em frente,
não há um só dia em que eu não eleve meus pensamentos para me conectar àquela egrégora de luz que sei estar naquele lugar.
Ela está lá para aqueles que buscam força, proteção e orientação para os passos de mais um dia que se inicia.

A gente, desde cedo, se acostuma a ser direcionado pra lá ou pra cá.
Chegamos ao mundo e precisamos de orientação.
Mas… depois de um tempo, já sabemos o que nos faz bem.
Amadurecemos — e precisamos dar maior espaço a essa liberdade que habita a alma.
Ouvir os ecos que ressoam do nosso espaço interno.

Na minha caminhada, aprendi que, para a espiritualidade da luz e do amor,
não existem etiquetas.
Nós é que tendemos a definir tudo:
etiquetamos, criamos paredes, separamos, destacamos…
Colocamos em evidência o ego do “eu sou melhor que você” —
porque penso ou acredito assim ou assado.

Nesse mundo cheio de comparação e competição,
poucos olham para dentro,
ao centro profundo do EU,
onde se encontram as respostas.

A espiritualidade é ampla, infinita —
e apenas uma, coexistindo entre nós.
A liberdade de beber em várias fontes é necessária,
de forma ecumênica e pacífica.

Se todos somos UM com o TODO,
não deveriam existir muros entre igrejas, terreiros, templos — eles só estão ali pois
as paredes do ego ainda nos separam.

O meu não é melhor que o seu.
O nosso, em conjunto, é o melhor para o mundo.

Os distanciamentos precisam acabar.
Não conseguimos nada até aqui.
Sequer conseguimos, ainda, entender quem somos.

É preciso virar essa chave.

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